#todosossucessosdomaster - zeraremos tudo em 2016/2017/2018?

Nós vamos ao encontro do mais forte!

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Odin
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Odin »

Corredor X escreveu:
Odin escreveu:(...)nessa época preferia eu ver a Eliana com seus dedi... Ops, perai... :oops: :oops: :oops:
ALTAS REVELAÇÕES NESTE TÓPICO, fetiche de infância ninguém esquece :lol: :lol: :lol:
Mesmo com 8 anos a Eliana me despertou meus primeiros fetiches, por isso não queria ver a cachorrada da TV Colosso :mrgreen:
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Jair
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Jair »

The Flintstones

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Aqui está um dos piores, senão for o pior jogo de Master System lançado pela Tectoy. E não é exagero!

Todo mundo já assistiu Os Flintstones quando criança, é um desenho legalzinho e tal. É claro que as expectativas de um jogo eram grandes, e o tamanho da decepção foi enorme! Quando criança aluguei isso aqui só pra passar raiva, mas sabe como é, alugou tem que terminar e sim eu terminei na época, e terminei novamente. Por que quis sofrer novamente? Sei lá, bateu a vontade de ver o jogo novamente :-)

Pra quem espera um incrível jogo de plataforma, esqueça, The Flintstones apresenta 4 minigames bem dos sem graça: pintar parede, dirigir o carro sem quebrar, boliche e finalmente salvar Pedrita. Sim é só isso mesmo e são bem chatinhos.

Gráficos: Até que são bons, vamos dizer que enganam :-) Pow 2MEGA pra isso?

Som: Terrível! Uma música só para o jogo inteiro, que imita a trilha sonora do desenho, e que lá pelas tantas vai lhe deixar louco! Não é a toa que a única opção do jogo é desligar a música. Um ponto positivo é o grito de Yabadabadu que Fred dá de vez em quando.

Diversão: Não existe. Ou você acha divertido pintar paredes? O controle é terrível e os 4 minigames são um saco. Tá bom talvez você goste de boliche, mas é zoado mesmo assim. Qual a graça de pilotar um carro e pular pedras?

Recentemente descobri que esse jogo foi lançado para uma pá de computadores na época, inclusive MSX. Isso explica o jeitão de jogo de computador, com um pedaço da tela desperdiçada pelo score, tempo e etc. Resumindo: terrível, fuja!
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Jair »

R-Type

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Não existe muito o que falar sobre R-Type, se você nunca jogou não sabe o que está perdendo! Gráficos, som, música, tudo combina para um dos melhores jogos do Master System! Sim é mais uma conversão dos arcades, e que conversão! Ele tem flicker pra burro mas dane-se, 8 bits que se preza tem flicker pra caramba!

Fiquem com uma das melhores trilhas do SMS:

[BBvideo=560,340]https://www.youtube.com/watch?v=2zEAiXEf5UY[/BBvideo]
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Corredor X
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Corredor X »

É isso que eu gosto no Jair: mesmo sendo uma praga de jogo e já finalizado, ele não conteve seus instintos mais primitivos de jogá-lo :lol: Vou até relevar o R-Type por isso, mas vai ter troco algum dia desses :evil:
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Jair
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Jair »

Que falha, tanto jogo ruim pra jogar e eu fui repetir um deles :(
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Jair
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Jair »

Castelo Rá Tim Bum

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Tá bom vai eu falei que The Flintstones era um dos piores jogos do Master System, mas agora fiquei na dúvida!

Castelo Rá Tim Bum foi produzido do zero pela Tectoy, devemos levar o esforço deles em consideração, mas é ruim demais :-(
Pedro, Biba e Zequinha chegam ao Castelo e vão até o porteiro decifrar a senha

do dia, como sempre o fazem para entrar neste mundo alegre e repleto de surpresas...

Lá dentro, Zequinha se afasta de seus companheiros, divertindo-se com as invenções do Dr. Vitor, que estão espalhadas por todos os cantos. Tantas brincadeiras e descobertas acabam deixando-o com muita sede: ele vai até a cozinha e encontra uma jarra de suco de uva em cima da mesa. Sem pensar duas vezes, enche um copo e bebe inteirinho...

Só que o conteúdo da jarra não era suco de uva! Na verdade, era uma poção desenvolvida pelo Dr. Vitor que fez com que Zequinha voltasse a ser um bebê!

Com a choradeira, Nino aparece e, imaginando o que aconeceu, convida você a resolver o problema imediatamente. E o informa que o antídoto para reverter os efeitos da poção é formado por quatro ingredientes raros, nada fáceis de achar.

Agora, no papel de Biba ou Pedro, você terá que encontrar esses ingredientes e fazer Zequinha voltar ao normal antes que todos percam a paciência com tanto choro!!
Gráficos: Backgrounds são basicamente inexistentes o que deixa o jogo vazio mas os personagens até que são bem feitos. As telas que contam a história também são bem legais. A fase da cozinha e da biblioteca até que possuem detalhes, mas são muito feinhos.

Som: Efeitos sonoros praticamente inexistem, na maioria do tempo só fica a música de fundo enchendo o saco. A música da abertura ao menos lembra da série de TV.

Diversão: Os detalhes acima seriam relevados se o jogo fosse bom, mas não é! A colisão e os controles são ruim demais, e o jogo não se decide se é um plataforma ou um puzzle. Logo na primeira fase eu fiquei perdido tentando adivinhar o que tinha que fazer com o despertador gigante, e na hora de pular sobre as plataformas com números a colisão é tão ruim que eu acaba atravessando-as, me fazendo pensar que estava fazendo algo errado :-( Depois vem partes de plataforma onde é necessário correr e pular mas tudo sem sentido, com 2 inimigos na tela você basicamente desvia e corre pro final do nível que é curtinho. Na cozinha objetos são jogados e novamente a ideia é passar correndo e dane-se.

Então de repente você se depara com um jogo de memória, que achei até legalzinho, mas bobinho também já que não é aleatório entre as jogadas. Nos outros níveis ainda é necessário responder perguntas certas de português, ler poemas, e é claro passar correndo pela fase.

Eu acho que a Tectoy deveria ter investido num jogo com minigames, puzzle mesmo, com isso não precisariam se preocupar com os níveis de plataforma nem com a colisão. Seria fantástico uma dúzia de minigames com os personagens, infelizmente tentaram algo ambicioso demais.

Ruim no estilo The Flintstones :-) Corram! Se você gosta o programa, corra assim mesmo :-D
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Corredor X »

JAIR HERÓI DEMAIS :lol: :lol: :lol: Eu tentei jogar essa bomba um par de vezes, no emulador do PSP ele simplesmente não roda direito - os gráficos embolam ou somem - e no XBox eu parei pela ruindade da coisa mesmo. A intenção foi excelente, principalmente por ser baseado em um programa tão bacana, mas a execução...
Jair escreveu:Eu acho que a Tectoy deveria ter investido num jogo com minigames, puzzle mesmo, com isso não precisariam se preocupar com os níveis de plataforma nem com a colisão. Seria fantástico uma dúzia de minigames com os personagens, infelizmente tentaram algo ambicioso demais.
Castelo Rá-Tim-Bum's Ultimate Challenge? :lol:
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Odin
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Odin »

Eu sempre tive curiosidade com esse Catelo Rá Tim Bum, mas pelo pouco que vi dele dava para ver que ele era ruinzinho... Mas nem critico tanto por ele ser um jogo feito pela Tectoy, e não um hack modificado por ela como a maioria dos outros jogos... A Tectoy teve uma coragem imensa em fazer esse jogo :lol:
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Jair
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Jair »

Podem até tentar justificar a simplicidade dele devido ao público, mas não cola não, o jogo é ruim.
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Corredor X »

Jair escreveu:Podem até tentar justificar a simplicidade dele devido ao público, mas não cola não, o jogo é ruim.
Também não concordo com isso, é justamente nivelar por baixo que ferra com a coisa. Castle of Ilusion pode ser jogado pelo mesmíssimo público ao qual o jogo é destinado - ou até mais novo, visto que não precisa nem ler para entender a história - e tem uma jogabilidade infinitamente superior, vai ser um clássico até o fim dos tempos. Não precisa nem ir muito longe no tempo também para provar como a ideia da real simplicidade e acessibilidade de um jogo não tem absolutamente nada a ver com a qualidade e a faixa etária a qual se destina: taí Angry Birds para provar isso.
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Jair »

Falar nisso acho que mereço um Castle of Illusion depois dessa :-D
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Corredor X »

MAS NEM QUE A VACA TUSSA! Vai jogar um Action Fighter que passa, senão teremos violência aqui :evil:
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Jair
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

Mensagem por Jair »

Time Soldiers

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Mais um jogo que me aterrorizou na infância, agora vencido!

Time Soldiers é mais um que tem a origem no fliperama, como já falei diversas vezes o SMS é o rei das conversões de arcade :-) E pensa num jogo difícil! Ele é longo e bastante complicado, a ideia é viajar no tempo atrás dos seus companheiros perdidos, e isso requer muita paciência por que é um vai e volta entre mundos e chefes que nem sempre dão mole. Tem até um chefe lá na época medieval japonesa que é apelão demais e pqp, extremamente sacana. O legal é que como o arcade, essa versão permite 2 players e isso ajuda muito!

Gráficos: bem longe do original no arcade, mesmo assim lembram o original. Os chefes estão aqui, os níveis também, mas são apenas 2 meguinhas. Para o SMS está de bom tamanho.

Som: A música lembra bastante o fliperama, e é muito legal. No FM então fica melhor ainda. Os efeitos sonoros são básicos e não comprometem. A versão original tem vozes que o SMS não reproduz.

Diversão: Eu gosto de Time Soldiers, principalmente em 2 players. O jogo é bem difícil e candidato a quebrar controles facilmente, mesmo assim eu curto. O plot de viagem no tempo me agrada, mas em alguns momentos os níveis podem se tornar chatos por repetirem demais (apesar de sempre em layouts diferentes). O mais foda é que a arma especial que precisamos usar nos chefes praticamente não aparece, principalmente depois da metade do jogo ela não dá as caras e enfrentar os chefes sem ela é canseira demais. A aliás é um hit e e já era, diferente do arcade que tem uma barra de energia, acho que tudo isso dificulta demais e estraga um pouco a diversão infelizmente.

Edit: Ah sim o final também segue a linha do arcade: praticamente só os créditos.
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

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Esse aí é outro que nunca terminei também. Eu sei que tem uns warps que economizam demais o tempo entre as fases, muito bem escondidos.
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Corredor X
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Re: #todosossucessosdomaster – Vamos zerar tudo em 2016?

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Asterix

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Sim, eu sei que ele já tinha rodado da lista, mas como resolvi jogar os outros dois resolvi rememorar este que é dos meus jogos favoritos do Master. Na verdade, eu o considero como um dos jogos perfeitos do console, perdi a conta de quantas vezes o aluguei na época e de como eu adorava jogá-lo. Sem contar o fato de que é baseado em uma das melhores séries de quadrinhos da história, tudo nele é fantástico... A jogabilidade é muito boa, o ritmo é agradável e os controles ajudam - eu juro para vocês que eu ainda sei o jogo todo de cor, cada passagem secreta, inimigo e tal. Os gráficos são bonitos, coloridos, com umas cores quentes típicas da paleta do Master, coisa linda que só. A música é um espetáculo, cada nota da trilha sonora está gravada na minha mente desde moleque - fora que a mesma combina perfeitamente com o clima do jogo. Tem uma faixa em específico da qual eu adoraria ouvir uma versão no acordeon/sanfona/gaita, sempre tive a impressão de que sua execução tentou emular o instrumento. A possibilidade de variar as fases entre Asterix e Obelix dá uma ótima variedade à mesma e os estágios em si são variados e com o desafio na medida certa. A animação dos personagens é ótima, já denunciando o humor presente nas telas entre as fases, com algumas pérolas da dupla, bem como no hilário final. Claro que o jogo tem um defeitinho ou outro, como o alcance dos golpes normais (perfeitamente compensando pelos golpes aéreos, que você acaba usando em 90% do tempo) e um ou outro problemas com alcance e precisão do pulo aqui e ali. Coisas pequenas, que eu quando criança nem reparava mas mesmo hoje nem chega a incomodar. Enfim, como eu disse antes, é um dos jogos perfeitos do Master.

Eu me contive para escrever pouquinho sobre ele porque senão seriam horas e horas nisso. A lição de moral aqui é a seguinte: eu sou apaixonado pelos personagens e pelo jogo. Isso é importantíssimo de lembrar ao se ler o próximo review (e também o vindouro de Great Rescue) para vocês entenderem o tamanho do sofrimento que este que vos fala passou em nome desse desafio...

Asterix & the Secret Mission

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Ah, a nostalgia da infância... Ainda tomado pelos bons sentimentos de voltar depois de vários anos ao primeiro Asterix, resolvi após alguns dias pegar o segundo para jogar. Eu não tinha qualquer memória dele, cheguei a testá-lo via emulador na época e recentemente joguei uns minutos do TV Colosso do qual terminou por virar hack. Pelo jeitão dele, numa primeira batida de olho, tinha tudo para ser tão bom quanto o original, né?

Por Tutatis, eu estava redondamente enganado, amigos.

Seria injusto eu dizer que Asterix & the Secret Mission é um jogo ruim, visto que ele é superior a muita bomba que infelizmente veio parar no Master e também a alguns contemporâneos de NES e Mega, por exemplo. O grandessíssimo problema dele é o fato de não ser o primeiro Asterix e falhar em quase todo aspecto no qual (nitidamente) tenta se parecer com seu antecessor. E isso me incomodou mais do que o necessário. Pensem mais ou menos como os Sonic de Master funcionam, por exemplo: cada um é uma evolução do anterior, mesmo partindo da mesma fórmula básica, mas basicamente se completam enquanto série. O que tivemos aqui foi uma involução - parece que este foi lançado antes do primeiro da série, e não o contrário. A fórmula piorou.

A história do primeiro jogo era os gauleses contra os romanos (aqueles neuróticos!), já neste aqui o Panoramix pede aos nossos intrépidos heróis para conseguir ingredientes para a conhecida poção secreta da aldeia, que dá a força ao Asterix e na qual o Obelix caiu dentro quando era bebê. Tá, beleza, temas bem comuns à série, tal qual os banquetes que encerram as histórias e também aparecem nos finais dos jogos, com direito a Chatotorix amordaçado. Então, basicamente o objetivo de cada fase é achar ingredientes da poção e encontrar a saída, sendo que o jogo não te deixa ir adiante se não achar o bendito vegetal em questão - tive em primeira mão essa experiência na fase mais sem noção do jogo, da qual obviamente falarei mais tarde.

A jogabilidade em si, embora remeta ao anterior - escolher personagens antes de cada fase, Asterix é mais rápido, dispõe de mais projéteis e Obelix é mais forte - definitivamente não é igual. A escolha de personagens continua, mas agora não é mais possível trocá-los durante o continue - você deve terminar todos os estágios da determinada fase para conseguir fazê-lo. Já as habilidades dos personagens... Asterix ganhou um pulo duplo mas perdeu sua poção-projétil que era encontrada em quase toda fase do jogo anterior, agora ela aparece apenas em um par de estágios e para um uso específico, não sendo por isso muito útil contra a maioria dos inimigos. É algo parecido com a poção de fogo do original, que também está presente aqui em um estágio. Agora, a poção mais comum, a amarela, dá força ampliada para o galês, fazendo com que seus socos quebrem blocos caso sejam carregados, o que é meio chato de ficar fazendo. Já Obelix é basicamente o mesmo; acaba que fica bem mais dinâmico jogar com ele, visto que velocidade dos dois (ou a falta dela, mesmo com o novo movimento de correr o jogo é mais lento...) não difere muito, o pulo duplo nem é tão diferente do normal do gordão e ele simplesmente limpa os blocos que soca ou cai atacando por cima. Sinceramente, não há muita vantagem em jogar com o Asterix, o Obelix acaba sendo bem mais versátil. Isso ainda piora quando vemos como as fases tendem também a serem mais chatas com o baixinho, como por exemplo o fato dele não nadar - morre na hora se cair na água - faz com que tenha um estágio de surfe(!) em que tenha que desviar de peixes. Como Obelix nada normalmente, além de economizar tempo em uma fase, a fase da prancha é trocada por uma subaquática, sem a menor lógica mas pelo menos mais interessante.

Um dos poucos problemas do jogo anterior era o alcance dos golpes, lembram? Aqui eles resolveram isso de uma forma meio esquista... A animação do golpe ainda é bem curta, mas ele efetivamente acerta inimigos coisa de uns dois ou três centímetros adiante na tela, como se o deslocamento do ar pelo golpe os ferisse. Como não há animação ou sprites que meçam esse alcance, você precisa ficar adivinhando se o soco vai pegar ou não no inimigo que se aproxima, se ele já está dentro da zona de alcance do golpe - deixar para o soco realmente "visível" acertá-lo é arriscado, geralmente periga o adversário fazer dano em você ao mesmo tempo. No caso do Obelix, isso chega a ser absurdo, visto que às vezes você pode matar com um soco para frente dentro da água um adversário que está vindo vários centímetros ABAIXO de você. Só mesmo com o controle na mão dá para entender o absurdo disso. Nem é questão de problemas com a física, é de atrapalhar a jogabilidade mesmo. Acaba que você fica inseguro e resolve matar quase todo mundo na base da bundada/soco descendente, só para garantir.

As músicas não chegam a ser ruins, mas não são nada memoráveis como no primeiro. Aqui nem é questão de nostalgia, vários jogos que experimentei pela primeira vez me cativaram de cara com suas trilhas - Guacamelee! é um deles. Aqui elas são meio chochas, repetitivas e sem interagir muito com o clima, entende? Os efeitos sonoros também não ajudam, principalmente a péssimo barulho da "freada" quando você muda abruptamente de direção, fica mais parecendo que você pegou uma moeda ou chegou uma mensagem no seu celular. Os gráficos também decaíram um pouco... Houve aqui um redesign leve nos personagens, o Obelix não mudou muito, mas o Asterix ficou bem menos simpático, eu acho. É algo bem sutil, mas acho que tem mais a ver também com a questão das cores usadas nas fases, elas não são mais tão vibrantes como no original, não sei o que pretendiam aqui nesse quesito.

Falando nas fases, elas não são muito inspiradas tanto em termos de gráficos quanto de jogabilidade. Falta algo nos cenários e texturas, sabe? Os caminhos ou são óbvios demais ou então meio herméticos, como no caso da tal fase-que-ainda-não-dissemos-o-nome. Tem lá seus momentos, mas no mais tenta reciclar de forma meio boba o anterior (ou mesmo até outros jogos de outras empresas...). Por exemplo, a obrigatória fase do Egito aqui é bem sem graça, ainda mais com o fato de quem o chefe é um HINDU em um tapete voador e não um faraó. Juro, um hindu de turbante e tudo dentro da pirâmide, justamente o Khiorassam de As 1001 Horas de Asterix. De maneira geral, entretanto, elas são passáveis e tal, fosse um outro jogo que não um Asterix até poderia ser que eu gostasse mais.

Mas aí chega o santuário, a última fase, e a coisa desanda.

Para não dizer que eu abominei totalmente esses estágios, preciso confessar que adorei a estátua da deusa que adorna as paredes da fase, acho que os caras investiram mais no design dela do que no resto do jogo. Fora isso, esta parte sofre de problemas mais do que básicos em termos de jogabilidade, vejam só. Primeiro, o caráter labiríntico da mesma. Se bem utilizado, esse recurso é muito interessante, mas basicamente aqui erraram feio na mão. Na primeira parte, por exemplo, dá para chegar até o final da fase, passando inclusive por áreas desnecessárias e com comandos invertidos, sem qualquer sinal da planta do estágio. Como disse antes, não tem como passar para o próximo estágio sem ela. Depois de alguns continues e de muito quebrar a cabeça, acabei descobrindo que você precisa simplesmente ignorar um dos dois tipos de inimigos que te ataca, o do teto, só podendo matar o outro tipo, o que corre pelo chão. Assim, ao passar da próxima porta, você sai numa sala com o vegetal. Sem qualquer explicação ou algo no jogo que te sugira isso. Óbvio que eu não queria aqui algo de mão beijada, com setinhas indicando cada passo e tal, mas essas coisas precisam ter uma lógica que auxilie o jogador a passá-las. E isso não é de agora não, pense só naquela fase de Super Mario World em que o tempo interfere em qual saída vai aparecer no fim da fase. Caramba, em 1985 o castelo do mundo 8 de Super Mario Bros já tinha aquele sistema de bips para indicar o caminho, em segundos uma criança entende aquilo! Faltou cuidado aqui... Como também faltou em outros momentos, como no terrível caso, um estágio depois, da ponte que não existe. Você chega em um determinado ponto da fase, tem um buraco. Você pula, cai e vai parar em um ponto anterior da fase, beleza? Pouco antes, tem uma espada que faz as vezes de alavanca, que geralmente te permite passar por uma área bloqueada. Legal, então vai ter uma ponte ou plataformas lá no buraco, né? Ótimo, vamos lá então e... Nada de ponte ou plataformas. Você fica esperando igual a um coió - visto que TODOS, repito, TODOS os despenhadeiros no caminho do jogo até agora te ensinaram a esperar até que a plataforma móvel apareça para pular. Depois de um tempo, eu desisto e resolvo testar se o buraco vai dar em algum lugar... E tem uma ponte invisível no caminho. Isso é a prova de duas coisas, a primeira de você trair seu jogador mudando as "regras" que a jogabilidade te impôs até então e a segunda que o programador do jogo obviamente ficou traumatizado com a parte da sombra voltando ao corpo no primeiro Prince of Persia e resolveu descontar em alguém por isso :roll:

E então vem o chefe final, que apesar de não ser difícil é o epítome de um dos mais graves problemas do jogo: frequentes slowdowns. Nas outras fases qualquer acúmulo de elementos é motivo para lentidão, mas nesse cara em específico chega a ser ridículo quando ele faz alguns ataques, que normalmente seriam fáceis de se desviar, mas não com o jogo praticamente congelando e os controles de pouco adiantando para desviar.

Em resumo: se vocês não forem fãs xiitas do primeiro jogo, vale a pena para passar o tempo - uma pena dizer algo do tipo de qualquer coisa relacionada a Asterix. Se por acaso gostarem dele como, recomendo cautela. Ou melhor, vão ler um dos álbuns, dá mais certo :mrgreen:

E sim, eu testei o terceiro jogo da série... Fortes emoções em breve, caso eu encontre forças para terminá-lo :cry:
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